Enquanto museus e galerias de arte permanecem fechados, o bairro de Prenzlauer Berg da cidade de Berlim se transformou em uma galeria ao ar livre. Durante um final de semana, 50 artistas exibiram obras inéditas em suas varandas e janelas contra o isolamento.
Um artista fez uma instalação de cor azul em uma varanda na Raabestraße em Berlim.
Batizado de Die Balkone: Life, art, pandemic, and proximity (As varandas: vida, arte, pandemia e proximidade), o projeto foi organizado pelos curadores Övül Durmusoglu e Joanna Warsza e no lugar da aglomeração de pessoas na abertura, havia ar fresco e o convite para se inspirar com arte durante as caminhadas para ir ao mercado ou a prática de atividade física de acordo com as restrições de saída.
Figuras de corvo como parte de uma instalação sonora em uma das sacadas de Berlim.
Uma escada de corda e gravetos foi pendurada em uma varanda como parte da exposição de arte.
O projeto é o exemplo de um costume recente, no qual as pessoas recorrem às varandas para se conectar com os vizinhos. Em março, moradores de cidades de toda a Itália foram gravados cantando entre si em suas respectivas casas, enquanto moradores de Londres, Nova York, São Paulo e Madri torceram por profissionais da saúde juntos.
A artista polonesa Isabella Sedeka em sua varanda enquanto exibia seu trabalho.
Entre os participantes estavam artista conceitual Olaf Nicolai, que já participou da Documenta em Kassel e Bienal de Veneza, a videomaker sérvia Marta Popivoda e a cineasta ítalo-italiana Rosa Barba, cujo trabalho também já foi exibido várias vezes na Bienal. Obras de Raul Walch, Jeremiah Day e Alisa Margolis, além de Theo Eshetu, foram espalhadas por todo o distrito. As obras de arte tinham assumido muitas formas diferentes, havia instalações, mensagens nas janelas, performances e também arte para levar.
Uma das instalações apresentava uma “janela portátil”.
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